A CRISE DO JUDICIÁRIO E O SEU FUNCIONAMENTO PÓS CNJ

FOI ABERTA A CAIXA PRETA?

Autores

  • Sérgio William Domingues Teixeira Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia - TJRO

DOI:

https://doi.org/10.62009/Emeron.2764.9679n24/2018/176/p18-57

Palavras-chave:

Judiciário, Crise, Caixa-Preta, Órgão de Controle Externo, CNJ

Resumo

A crise do Judiciário brasileiro não é um fato novo, sendo identificada a partir da segunda metade do século XX, quando o Estado, ampliando os direitos sociais, não desenvolveu as políticas públicas que os tornassem efetivos, gerando, assim, enorme demanda que, não atendida, fez desaguar uma infinidade de novas ações nos tribunais do país. Sem as condições necessárias para seu regular funcionamento, o Judiciário não conseguiu dar respostas adequadas à sociedade em tempo razoável, o que o levou a ser duramente criticado por sua morosidade, além de outros problemas como a falta de transparência, o excesso de corporativismo e a dificuldade de acesso dos cidadãos aos tribunais. Com a crise, impôs-se a criação de um órgão de controle externo que tornasse o Judiciário mais eficiente, com a promessa de que se abriria a “Caixa Preta do Judiciário”. Assim, criado pela EC nº 45/2004, que tratou da reforma do Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça - CNJ, órgão de controle da magistratura nacional, surgiu com a finalidade de estabelecer um controle centralizado das atividades administrativas, financeiras e disciplinares exercidas pelos  órgãos do Poder Judiciário, propondo a reestruturação deste poder, dando-lhe maior transparência. Passados mais de 10 anos de sua criação, este estudo aborda a necessidade de se avaliar o formato institucional do órgão de controle da magistratura, averiguando sua natureza, composição e atribuições, indagando, ao final, se realmente a “Caixa Preta do Judiciário” foi aberta e se as promessas de melhoria deste poder, de fato, foram alcançadas.

Biografia do Autor

Sérgio William Domingues Teixeira, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia - TJRO

Doutorando em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Mestre em Direito pela Fundação Getúlio Vargas FGV - Direito Rio. Especialista em Direito Penal pela Universidade Federal de Minas Gerais. MBA em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas - FGV. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Rondônia. Atualmente, exerce os cargos de Juiz de Direito, Titular da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas - Vepema da Comarca de Porto Velho. Professor da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia - Emeron. Professor Adjunto do Curso de Direito da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Tem experiência na área de Direito Penal, Direito Penitenciário e Criminologia, com ênfase no estudo da violência, crime e castigo, atuando principalmente no campo da execução penal.

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Publicado

10/31/2018

Como Citar

TEIXEIRA, Sérgio William Domingues. A CRISE DO JUDICIÁRIO E O SEU FUNCIONAMENTO PÓS CNJ: FOI ABERTA A CAIXA PRETA?. Revista da Emeron, Porto Velho/RO - Brasil, n. 24, p. 18–57, 2018. DOI: 10.62009/Emeron.2764.9679n24/2018/176/p18-57. Disponível em: https://periodicos.emeron.edu.br/index.php/emeron/article/view/176. Acesso em: 25 abr. 2025.

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